- O que é de quem?
As atitudes de Mário Celso Petraglia na gestão da obra da Arena da Baixada, denunciadas pelo vice-deliberativo do Atlético, José Cid Campelo Filho, têm duas leituras diferentes e não excludentes. Enquanto não há definição do TCE-PR sobre os títulos do Potencial Construtivo serem ou não verba pública, trata-se de uma imoralidade junto aos sócios e conselheiros do Atlético. No português claro: problema do Atlético e dos atleticanos, que vêem o presidente do clube privilegiar filho e primo com contratos piores para os cofres do Rubro-Negro que outros que foram oferecidos – no caso do primo Carlos Arcos, sequer houve concorrência. É o problema alertado durante a eleição pela outra chapa, de que Petraglia ficaria com o controle total da Copa e do dinheiro do clube. Só não contava com o desacordo de um dos seus principais articulistas, Cid Campelo, que agora trás (quase) tudo à tona. Cid não comentou contratos ainda em fase de aprovação, como o da cobertura da Arena. Só dá a entender que qualquer parafuso da obra deva ser melhor olhado pelos interessados.
- O interesse do Estado
A Arena é do Atlético, a Copa é de Curitiba. E é por ela que os governos municipal e estadual se dispuseram a fazer sua parte na obra. Para receber os benefícios do evento que, repito, é impensável que não viesse à Curitiba. No entanto, a confiança no responsável pela gestão do estádio parceiro esvaziou-se com as denúncias do ex-par. Não há irregularidade até aqui. Mas pode haver, caso o TCE-PR decida que os papéis do Potencial sejam dinheiro público. Aí haverá enxurrada de conseqüências. Entre elas, a necessidade de paralisação e revisão imediata dos contratos já assinados. Não significa recusar os compromissos com o Mundial, irreversíveis, e sim atentar-se ao destino daquilo que está se fazendo pelo Estado, com liberdade total a um ente privado. A decisão do TCE nesse sentido é o melhor que pode acontecer para a Copa em Curitiba.
- Vilanização e oportunismo
- Em campo
Preocupação maior da torcida, o futebol fez sua parte até o fechamento da coluna, ao vencer o Avaí. Sinal (bom) que não se deixou atingir pelo tumulto fora dele.