
O vexame da Espanha, campeã mundial em 2010, ao ser eliminada já na primeira fase (e com apenas dois dos três jogos!) não é inédito, nem mesmo nos Mundiais realizados no Brasil. O fim do ciclo campeão com fiasco na copa seguinte já foi experimentado por outras quatro seleções, incluindo a Seleção Brasileira.
A primeira seleção a não defender o título corretamente foi o Uruguai. No entanto a razão foi política: campeã em 1930, a Celeste se recusou a viajar até a Itália, que seria campeã, para defender o título. Em campo, porém, quem mais vezes deu fiasco foi a própria Itália.
Bicampeã entre 1934 e 1938, a seleção azzurra caiu na primeira fase em 1950. O regulamento era diferente, mas, no triangular inicial os italianos foram eliminados no grupo com Suécia e Paraguai. Perdeu para a Suécia (2-3) e venceu o Paraguai (2-0), mas os suecos empataram (2-2) com os paraguaios e avançaram. O Uruguai venceria a Copa e igualaria o placar geral contra os próprios italianos em 2 a 2.
Dezesseis anos depois, um campeão voltaria a dar vexame.

O bicampeão Brasil (1958 e 62) fracassaria na tentativa do (ainda) inédito tri consecutivo em campos ingleses. Mesmo estreando bem, ao vencer a Bulgária (2-0), o time brasileiro perdeu pra Hungria (1-3) e Portugal (1-3) e voltou mais cedo pra casa. A taça seria dos donos da casa.
O século virou e a geração de Zidane, que venceu Eurocopa, Confederações e Mundial entre 1998 e 2001, fez da França a surpresa negativa no Mundial de 2002. Derrotas para Senegal (0-1) e Dinamarca (0-2) e empate com o também eliminado Uruguai (0-0) fizeram com que os franceses deixassem Japão e Coréia mais cedo. No fim, festa brasileira.
A eliminação da Espanha no Brasil em 2014 é a segunda consecutiva de um campeão em Copas. O Brasil realmente não faz bem aos atuais campeões. Isso porque em 2010 os italianos voltaram a repetir o fiasco de 1950, aqui, desta vez na África do Sul.
Após empates com Paraguai e Nova Zelândia (1-1) e derrota para a Eslovênia (2-3) a Itália tomou o rumo de casa e assistiu de longe a festa espanhola. Que durou até o apito final no Maracanã, com o adeus a geração vitoriosa de Iniesta, Casillas e Xavi.
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