Reportagens: Jogo Aberto Paraná 14/07/2011

Se você não pôde assistir o programa hoje, confira as reportagens exibidas no Jogo Aberto Paraná aqui pelo blog.

Coritiba x Fluminense

Impossível falar do jogo de sábado sem lembrar o encontro de 2009, que resultou no traumático rebaixamento alviverde. De lá pra cá, muito mudou.

O meia Tcheco viajou no tempo e fez uma análise da realidade atual dos dois clubes. Confira:

Pergunta: há males que vem pra bem? Qual você acha que seria o destino do Coxa caso o time não tivesse sido rebaixado naquele fatídico jogo? Interaja!

Atlético

Chega de pessimismo! É a ordem de Renato Gaúcho no CT do Caju. Em situação crítica no Brasileirão, o Atlético precisa reagir e, para isso, o novo treinador aposta num astral diferente. Para ele, não é mais momento de lembrar o quão difícil está o momento do Rubro-Negro. Assista!

O Atlético jamais venceu o Vasco em São Januário. Mas para tudo tem uma primeira vez. Será com Renato Gaúcho, um cara que conhece muito cada canto do Rio de Janeiro? Comente!

Paraná Clube

Brinner, ex-Cianorte, é a aposta para a zaga tricolor, com dois jogadores suspensos, contra o Vila Nova. Desentrosamento? Brinner resolve no papo:

Avisa o Silvio Rauth Filho, do JE, que o duelo reune os times mais “amarelados” da Série B. Saiba mais clicando aqui e comente abaixo!

O Jogo Aberto Paraná vai ao ar de segunda a sexta, 12h30, na Band Curitiba. Acompanhe!

Exclusivo: Vilson abre o jogo (I)

Vilson Ribeiro de Andrade mudou o Coritiba. De um clube humilhado e falido, após o traumático rebaixamento em 2009, o Coxa, com ele nas ações, se reinventou. Venceu dois campeonatos estaduais, com requinte ao golear o rival Atlético na Arena (3-0) e conquistou o Brasileiro da Série B com folgas. Chegou a decisão da Copa do Brasil desse ano, mas acabou perdendo para o Vasco nos critérios de desempate. “O futebol é assim”, analisa o diretor.

No vídeo abaixo, o primeiro de uma série exclusiva que o blog e o Jogo Aberto Paraná apresentam nesse final de semana, Vilson abre o jogo.

Ele me recebeu na concentração do Coritiba horas antes da vitória sobre o Figueirense (3-0) para falar dos planos futuros do Coxa, da Copa a nova estrutura; de novas conquistas ao Couto Pereira. A começar pelo projeto do novo CT, que será revelado amplamente na próxima semana. Confira e comente:

Amanhã, também aqui no blog, Vilson vai falar sobre o assédio que o Coritiba vem sofrendo de outros clubes, finanças e responderá questões sobre a parceria com a LA Sports. Fique atento!

Coritiba legal

Camisão: que tal licenciar? (Foto: blog do Luiz @nuncaabandona)

Já disse em um post anterior: entendo a função das torcidas organizadas. Animam o estádio com cantos (exceção aos apológicos a drogas ou violência), atraem novos torcedores, em especial os jovens. Mas o bônus parece muito pequeno em função do ônus acarretado pela ação de gente ligada a elas.

Você está cansado de saber do que eu estou falando, por isso não vou voltar a temas como Couto/09, Pacaembu/95, etc, etc. Quero me ater a nota publicada pelo site oficial do Coritiba hoje, sobre o projeto Torcida Legal.

Poucas vezes um clube foi tão preciso no combate aos problemas das organizadas como vem sendo o Coxa. Não é o pioneiro – o Atlético de Mário Petráglia comprou essa briga lá atrás – mas Vilson Andrade tem conduzido com discrição e categoria o tema.

Diz a nota (entre outros pontos):

“(o projeto) “Torcida Legal” tem o objetivo de cadastrar todos os torcedores, em âmbito nacional, nos principais estádios, mediante a implantação de um banco de dados centralizado. (…) Esta é uma excelente e oportuna iniciativa do Ministério, porque vai dar maior proteção e segurança a todos os torcedores brasileiros. Por acreditar nestes objetivos, o Coritiba nunca deixou de apoiá-la e aguarda a sua implementação no Couto Pereira.

O Coritiba recebeu a informação de que, numa ação conjunta do Ministério do Esporte e do Ministério Pública do Paraná, seriam realizados cadastramentos das torcidas organizadas dos clubes da capital. O Coritiba é favorável ao projeto do cadastramento global de todos os torcedores e não de segmentos ou facções em separado, porque possui a diretriz de impedir o acesso em seu estádio das organizadas, por motivos amplamente conhecidos. É preciso esclarecer, também, que, mesmo após o cadastramento de todos os torcedores, conforme previsto no projeto, o clube continuará a não permitir o ingresso das organizadas com seus adereços.

Esta postura, além de ter sido adotada para preservar a integridade e a segurança de todos seus torcedores, visa a proteger os direitos dos patrocinadores do clube, parceiros comerciais e combater  produtos piratas e o uso ilegal da imagem do clube.

O Coritiba considera que TORCEDORES são seus sócios e todas as pessoas que ostentam as cores, símbolos e a tradição Alviverde com respeito, amor e honra.

Por trás destas linhas, além da violência – que por ora parece contida, mas volta e meia surge em forma de ameaça – está a preocupação comercial. Em uma época em que Corinthians e Flamengo ganham horrores de dinheiro a mais que o próprio Coxa, entre outros, ter um concorrente desleal dentro das próprias trincheiras é dispensável. Para o torcedor mais humilde, o símbolo da Império equivale ao do Coritiba – a um custo mais baixo que a camisa oficial. Pirataria até então legalizada.

Vale lembrar que a organizada NÃO está proibida de assistir os jogos no Couto Pereira: o que ela não pode é ostentar a marca. Exibir sua paixão pelo Coritiba é permitido; fazer propaganda da marca, não.

Luiz Fernando Corrêa, o Papagaio, presidente da facção, é um sujeito acessível. Não parece violento, aparenta calma e é sempre receptivo. Já me mostrou boas idéias no combate a violência. Acha que é mais fácil controlar a violência com a existência das TOs, mas reconhece que segurar uma multidão é impossível. Daí o projeto de cadastramento, o qual colaborou muito. Mas ele sabe que a discussão central deixou de ser essa há tempos.

O Coritiba de Andrade age com correção. A nota mostra a real motivação do veto à TO e avisa aos demais torcedores o porquê. A fase no campo e a postura mais pacata fazem a reverberação ser menor do que foi anos atrás na Baixada.

Cada um sabe qual lado escolher. O Coritiba, se pode ter desagradado alguém pelos mais diversos motivos nessa, ao menos foi legal ao deixar claros os pingos nos is.