Abrindo o Jogo – Coluna no Jornal Metro Curitiba de 05/09/2012


Baier, sempre ele

O Atlético ia se enroscando no Boa na volta à Curitiba. A armadilha do time mineiro funcionava e melhorou quando os visitantes saíram na frente. Mas no segundo tempo Paulo Baier saiu do banco e participou das principais jogadas da equipe. A virada veio com dois gols de Marcelo. Baier ainda é o craque deste time. Merece o reconhecimento e também o alerta: tem 37 anos e é um ídolo de uma época sem glória. O “velhinho” ainda resolve, mas não pode ser a única arma – o que já acontece há algumas temporadas.

Tardes no Parque

Demorou, mas a diretoria rubro-negra procurou o empresário Joel Malucelli e encontrou um sim – nota 10 para a negociação. E mesmo sem poder comportar todos os sócios, iniciou nova caminhada na Série B no Eco-Estádio, para 9.999 pessoas, à exceção de rodadas em que a TV requisite horário mais tardio que 15h e do Derby Paranaense, partidas que devem ser em Paranaguá. Os jogos serão sempre em horário comercial – atenção patrões para as desculpas de ocasião – mas mesmo assim o povão rubro-negro foi ver seu time. Jogar em casa fará a diferença ao final da competição.

Médico ou monstro?

Deivid chegou ao Coritiba. Não é a solução para o mau momento do time no Brasileirão, mas pode ser útil. O problema está na zaga. E nem digo zagueiros em si: os erros começam no meio, mais frágil e com menos retenção de bola que em 2011. Deivid tem o nome inspirado no antigo seriado “O Incrível Hulk”, o Golias Verde, cujo alter-ego na TV era David Banner – nas HQs, é Bruce. No blog napoalmeida.com, faço uma reflexão e convido você a visitar: o Flamengo abriu mão do atacante para apostar em Adriano (!). Deivid não é super-herói e não deve ser tratado como tal. É um jogador útil e que pode ajudar – mas não resolverá o principal problema alviverde: a defesa.

Frases

“Fomos roubados contra o Palmeiras” e “Não monto time para agradar torcedor”. Duas entre outras pitadas de sinceridade do técnico Marcelo Oliveira, do Coxa, ao jornalista Luís Augusto Símon, da Revista Trivela. Oliveira hoje reencontra Geninho, campeão brasileiro pelo Atlético e atual técnico da Portuguesa, que ao deixar o Couto Pereira derrotado por 0-2, reclamou a perda dos pontos para um “adversário direto na briga contra o rebaixamento.” Aguardemos as frases depois do apito final hoje à noite.

Seleção

Sexta tem amistoso da Seleção Brasileira, você sabia? O amistoso contra a África do Sul acontece em São Paulo quase um ano depois do Brasil atuar no país, em Belém, no 2-0 sobre a Argentina. Foram 10 jogos até essa volta. Jogando raramente em casa e com astros quase todos na Europa, qual a identificação do povo com a Amarelinha?

Abrindo o Jogo – Coluna no Jornal Metro Curitiba de 08/02/2012

Atletiba 349 no Eco-Estádio e com torcida única?

Só a Polícia pode impedir a realização do clássico 349 no Eco-Estádio, caso entenda não haver segurança. Com a recusa do Coritiba em emprestar o Couto Pereira, o que está respaldado pela justiça, o Atlético irá mandar seus jogos no Janguito Malucelli. E a FPF não tem como arbitrar sobre o tema. “Não posso obrigar a jogar em outro lugar. O Atlético indicou lá e se a polícia liberar vai ser lá”, disse Amilton Stival, vice-presidente da Federação, que ainda confirmou que pode, em contrapartida, solicitar que o jogo tenha torcida única. A 15 dias do primeiro clássico do ano, a decisão deve passar por uma avaliação do que acontecerá hoje à tarde no jogo entre Atlético e Toledo. Mas é a PMPR, junto com a Rodoviária, quem realmente tem poder de veto sobre a realização do clássico no estádio que tem capacidade para 3.976 torcedores. 

E as conseqüências?

Assim sendo, evidentemente a PMPR e a PRF garantiriam a segurança dos torcedores, que passam a ter outras questões. A primeira: o jogo de volta, no Couto Pereira, também teria torcida única? Vilson Ribeiro de Andrade, presidente do Coritiba, já sinalizou que caso essa decisão seja tomada, irá requerer o mesmo para o segundo turno – quando 37.182 pessoas poderão ver o jogo. Um número dez vezes maior. Além do diminuto número de sócios atleticanos que poderão fazer valer seu direito ao acesso no primeiro jogo, há a preocupação com a circulação no entorno do estádio e também na chegada dos times. Realmente desaconselhável. Solução? Difícil. Outra opção seria Paranaguá e aí há o risco de confronto de torcidas na estada. Vale lembrar que o Atletiba 349 acontece dia 22/02, quarta de cinzas.

All Blacks

A camisa III do Coritiba, lançada ontem, será o segundo uniforme do clube por um bom tempo. A idéia é apostar na proposta monocromática para fixar no mercado. A camisa estreará no jogo de hoje à noite, contra o Londrina. Tudo aconteceu rapidamente: o Tubarão avisou o Coxa que jogará com uniforme claro, predominante branco, e o Coritiba apressou-se em organizar um lançamento. A camisa, criada em conjunto pela Nike e pela Netshoes (que também patrocina o Atlético) remete ao tempo em que o Alviverde era chamado de Alvinegro, pelo conjunto “camisa-branca-com-detalhes-verdes-e-calções negros. Foi depois dos anos 70 que o Coxa passou a ser conhecido como alviverde”, relembra o historiador Heriberto Ivan Machado.

Comunidade latina

Com a oficialização de Martín Liguera no Atlético, o Furacão passa a ter quatro estrangeiros no elenco (Nieto, Guerrón e Morro García completam a lista). Se o elenco pode ter quantos estrangeiros o clube entender, vale uma ressalva: a CBF só permite que até três assinem a súmula de um mesmo jogo.