Os planos de Petraglia

Não importa seu time ou seu posicionamento político, se caso você for atleticano: é impossível ser indiferente a Mário Celso Petraglia quando o assunto é futebol paranaense. Polêmico, empreendedor e por vezes considerado antipático, Petráglia não costuma se esconder quando provocado. E sempre parece ter uma resposta na ponta da língua para qualquer questionamento.

Idolatrado por uns, odiado por outros, o ex-presidente do Atlético é, até agora, o único candidato a presidência do clube no final do ano. E esteve nos estúdios da Band Curitiba para gravar o programa “Entrevista Coletiva”, apresentado pelo diretor de jornalismo da casa, Fabrício Binder, e que contou ainda com os jornalistas Zé Beto e Henrique Giglio, o comentarista Caxias e este que vos escreve. Sabatinado, Petraglia respondeu vários temas, que irão ao ar no domingo 18/09, em duas edições; 7h30 AM e 0h30 AM na madrugada de domingo para segunda.

Entre os assuntos, Petraglia anunciou o início das obras na Arena, para a Copa, para o mês de outubro, além de dizer que o clube não sai de lá antes de 2012:

Ele evitou falar do Pinheirão e do suposto projeto do Coritiba para o local, mas assegurou que nada tira a Copa e também a Copa das Confederações da Arena.

Algo que não estará no programa (que era para ser um, mas se tornou dois, tamanha quantidade de temas) será a engenharia financeira para que o clube arranje os R$ 60 milhões que lhe cabem para a construção do estádio – Petraglia orça o projeto em R$ 180 milhões, embora governo e prefeitura não anunciaram ainda como farão para desapropriar terrenos para o entorno da Arena, por exemplo.

Pela falta de tempo, a resposta ficou só para o blog: o Atlético abrirá uma empresa com 99,9% para si e 0,01% em nome de um sócio, por exigência do modelo de empréstimo financeiro. Essa empresa já tem, apalavrada, uma linha de crédito de R$ 60 milhões oriundos do FDE, Fundo de Desenvolvimento do Estado do Paraná, que será paga em 15 anos. Petráglia ainda pleiteia uma carência de 3 anos, a partir de 2014, para começar a pagar.

Ele vislumbra uma arrecadação anual de R$ 100 milhões para o Atlético no pós-Copa; na entrevista, falou do futuro do futebol brasileiro, da política da CBF, de cotas de TV, dos rivais e de uma possível parceira com o Coritiba em ações extra-campo, em especial se ele se eleger e o mesmo acontecer com Vilson Ribeiro de Andrade, por quem manifestou “imensa admiração”. E ainda prometeu fazer uma administração “voltada exclusivamente para o futebol”:

Petraglia esmiuçou, em 78 minutos de gravação, todos os planos que tem para o clube. Projetou não só o Atlético, mas o futebol do Estado e do País no pós-Copa.

O programa vai ao ar nesse domingo, 18, em horários um pouco ingratos: 7h30 da manhã e 0h30 da madrugada, já invadindo a segunda 19. Mas vale a pena acordar cedo e acompanhar, se você se interessa pelo futebol local.

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