
A semana pós-rebaixamento fez com que as duas chapas concorrentes à presidência do Atlético abrissem a artilharia pelo voto dos quase 8 mil sócios aptos a votar no dia 15/12, data que acabou firmada para as eleições após um dos episódios da disputa.
Petraglia e Fadel têm visitado veículos de comunicação e feito audiências com torcedores, em busca de votos. Se fosse uma eleição pública, chamaríamos de comícios. E realmente o panorama do pleito não foge muito das épicas disputas eleitorais no Estado, com troca de farpas, requerimentos, acusações e promessas.
A chapa Paixão pelo Furacão pediu a impugnação da candidatura da chapa CAP Gigante, alegando que haveria conflito ético entre o fato dos membros da chapa aos cargos de comando serem os mesmos que irão administrar a SPE da Arena – a comissão que irá gerir as obras. Na visão da “Paixão”, é errado que as contas sejam feitas e aprovadas pelo mesmo grupo que está na “Gigante”. A junta eleitoral do Atlético estudou a defesa e definiu: não há nada no estatuto do clube que impeça a candidatura com base nisso. “Pelo estatuto do clube, está tudo ok. Se houver algum conflito, não é nada que a junta eleitoral possa dizer”, explicou João Luiz Rego Barros, presidente da junta. As impugnações foram apenas em sete membros de cada chapa, por coincidência, todos por inadimplência.
Quanto ao time, mais promessas. Mário Petraglia já havia entrado em contato com Jadson, via Twitter, que sinalizou positivamente, embora o meia tenha propostas de Liverpool e São Paulo FC (clique nos links para ler as três referências). É promessa de campanha, mas se tornou proposta oficial, uma vez que houve interesse. Acontecerá? Não se sabe. Parece difícil Jadson abrir mão de dinheiro e prestígio para jogar a Série B, mas não é impossível. Petraglia também já conversou com Paulo Baier e disse que quer o meia para 2012. Baier tem contrato até o fim do ano.
Diogo Fadel também trouxe nomes para a imprensa:
A chapa do atual vice-presidente confirmou que já conversou com os três, o que torna a possibilidade oficial. Assim como caracteriza o desinteresse na permanência de Antônio Lopes, pelo menos no cargo de técnico. Dos nomes citados, Ney Franco é o mais difícil: está na CBF com contrato até 2015. Tentei contato com ele hoje, mas não consegui. PC Carpegiani passou pelo Atlético recentemente e não topou retornar nessa temporada. É bom técnico, mas teria resistência da torcida. Matosas sim parece ser o mais viável: já não seria a primeira tentativa, é um técnico identificado com o clube e em início de carreira. Em campo, Fadel também garante ter falado com o zagueiro Fabrício e o volante Marcelo Oliveira, para que fiquem no clube caso vença o pleito.
A campanha tem muito mais trocas de acusações que propriamente planos com os citados acima. Mas para ler isso, basta abrir o Twitter e o Facebook, onde os ânimos estão exaltados nas duas chapas.
O blog não entrará em pormenores e procurará falar de futebol, salvo se o caso realmente exigir.
O Jogo Aberto Paraná de quinta, 15/12, tentará trazer 8 minutos para cada candidato apresentar suas propostas. Até o presente momento, apenas o candidato Diogo Fadel está confirmado; Mário Petraglia foi procurado, mas ainda não confirmou que gravará, segundo a assessoria dele, em função da agenda. Ouviremos apenas os candidatos ao conselho gestor, com todo o respeito aos candidatos ao deliberativo Enio Fornea e Antônio Bettega. São os gestores que comandarão de fato. O programa exibirá o material que for possível ser gravado até a data e fará exposição jornalística das idéias de quem porventura não gravar – mas, evidente, sem o mesmo peso de ter o candidato falando.




