Coritiba 102 anos – Especial Jogo Aberto Paraná

A festa do centenário veio dois anos depois. Essa é a impressão que fiquei após passar a tarde com o vice-presidente do Coritiba, Vilson Ribeiro de Andrade, na véspera do aniversário de 102 anos do clube.

Véspera também do anúncio que ele fez em primeira mão na Band*, de que o Guiness Book reconheceu o Coxa como clube que mais venceu jogos consecutivos no Mundo; e, mais importante, do lançamento do novo CT, um dos inúmeros projetos da gestão de Vilson Andrade, que fez carreira de sucesso como CEO do HSBC na América Latina. Agora, empresta esses conhecimentos ao Coritiba.

Na entrevista a seguir, você acompanha mais de meia hora de papo sobre todos os temas que interessam a torcida coxa-branca, desde o novo CT, os projetos para a saída para o Pinheirão e a vinda da Nike como fornecedora (pra bom entendedor, a entrevista ajuda a perceber o que pode acontecer nos dois casos) e o futuro alviverde. Com Vilson como possível presidente.

Acompanhe e participe nos comentários!


*O Jogo Aberto Paraná vai ao ar de segunda a sexta, 12h30, na BandCuritiba.

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Coxa no Pinheirão: saiba detalhes

A nova casa do Coritiba - depois de uma bela reforma

A Tribuna do Paraná (num trabalho de apuração de Elaine Felchaka e Rodrigo Sell) trouxe a notícia de que o Pinheirão fora adquirido pela OAS horas após o leilão judicial do estádio, que não apresentou nenhum interessado no imóvel.

Tudo partiu de um post sutil do deputado Reinhold Stephanes Jr, conselheiro do Coritiba, no Twitter:

Apesar de Stephanes ter garantido que o contrato foi assinado no dia 06/10, a negociação ainda é 99% certa. O 1% restante pode mesmo atrapalhar: trata-se da determinação judicial em leiloar o bem, que já havia sido combatida pela FPF com uma ação não acatada pela justiça antes do primeiro leilão. O segundo está marcado para o dia 20/10 e este é o prazo para que as negociações finalizem. A política – e até mesmo o bom senso, já que o valor é quase três vezes maior do que o inicial do leilão – definirão se haverá ou não o segundo dia para arremate.

O valor pago pela OAS será de R$ 85 milhões pelo terreno e o contrato com o Coritiba é de 20 anos. O estádio terá capacidade para 46 mil pessoas e abrigará um complexo esportivo e comercial.

O Coxa ainda negocia como fará a partilha da arrecadação com a OAS – este é outro ponto em discussão, mas que não impede a compra do imóvel – uma vez que hoje conta com uma carta de 30 mil sócios, fonte principal de renda do clube. O modelo de gestão será idêntico ao da Arena do Grêmio, em Porto Alegre. A previsão de conclusão, passadas as negociações, é 2015 – ou seja, nada concorrente com a Copa 2014 na Arena.

O clube pretendia anunciar a negociação no jantar de aniverário de 102 anos, junto com o já confirmado lançamento da pedra fundamental do novo CT, dia 17/10. No entanto, Stephanes Jr., coxa-branca de carteirinha, empolgado com a negociação, acabou se antecipando. O que gerou uma reprimenda velada ao deputado e a seguinte nota oficial:

O Conselho Administrativo do Coritiba Foot Ball Club vem a público informar que as notícias veiculadas pela imprensa, segundo as quais o Clube, em parceria com uma construtora, teria adquirido o estádio Pinheirão, com a finalidade de construir na área um novo estádio, são infundadas.

Nenhum negócio foi fechado até o presente momento, tratando-se de mera especulação o que foi noticiado. O Conselho Administrativo esclarece também que o único porta-voz autorizado a prestar informações que dizem respeito ao patrimônio do Clube é o seu vice-Presidente.

O destino dado ao Couto Pereira está indefinido e passará pelo conselho; a intenção de Vilson Ribeiro de Andrade, vice-presidente do clube, é construir um centro comercial na região, cujos rendimentos seriam revertidos ao Coritiba. Esse projeto, no entanto, ainda está no campo da idealização e terá um obstáculo a ser superado: quando da mudança na lei do Zoneamento Urbano de Curitiba (clique para ler), que beneficiou o Atlético ao atribuir valor histórico e interesse público na Arena, dada a necessidade de se emitir os títulos de potêncial construtivo pensando na Copa 2014, Coritiba e Paraná brigaram por isonomia de direitos e conseguiram. Agora, a lei de Zoneamento no Couto também tem as mesmas características da Arena, o que poderá impedir a construção de um centro comercial por lá, já que há interesse histórico e público na área – o mesmo vale para a Vila. Mas isso é uma segunda etapa.

Coxa no Pinheirão: história

Inaugurado em 1985, o Pinheirão não trás boas lembranças a torcida do Coritiba. Apenas um título foi conquistado pelo clube no estádio da FPF: o Paranaense de 99, sobre o Paraná.

Lá, de acordo com o grupo Helênicos, o clube jogou 25 vezes com o Atlético, tendo perdido 11 jogos e vencido apenas 5. Perdeu o Paranaense de 1998 e a Copa Sesquicentenário de 2003 para o rival. Contra o Paraná, 24 jogos, 16 derrotas e 5 vitórias. Perdeu o Paranaense de 1995. Em 2005, durante um período de reformas no Couto Pereira, chegou a mandar alguns jogos lá.

Meus dois centavos:

Como 99% não é 100%, o Pinheirão pode não vir a ser a casa nova do Coxa, mesmo com tudo acima acertado. Mas os indícios e as fontes que conversaram comigo estão confiantes. E eu também: a nova realidade do Pinheirão ajudará a todos.

Livra a FPF de um ônus administrativo enorme, um elefante branco; livra o Estado e a Prefeitura de problemas mil, desde dívidas até a criminalidade instalada na região; nem Estado, Prefeitura ou FPF terão de adminstrar o estádio e onerarem-se (mesma razão pela qual a saída da Arena para a Copa 2014 é a melhor para Curitiba: o problema no pós-Copa é do clube); dá ao Coritiba um palco a altura das suas pretensões, funcional e moderno; ao Atlético, rende R$ 15 milhões, já que o clube é credor; e, por fim, revitaliza a região, hoje já central em Curitiba.

Os ingleses, donos do maior campeonato do planeta, botaram o mítico Wembley abaixo em nome da modernidade. O avanço se faz assim. O Couto Pereira serviu até o ponto atual, mas pelas razões acima, que não se apegue em sentimentalismo. Fosse assim e a Baixada velha ainda estaria lá. E o Coxa ainda jogaria no Parque da Graciosa:

*Colaboraram com a reportagem Caroline Mafra e Hugo Pontoni.

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Notas

Sem via alternativa

Apesar da promessa da CBF em dar a eventual vaga do Vasco na Libertadores ao Coritiba, caso a equipe carioca vença também a Copa Sulamericana, a Conmebol definiu hoje que nenhum país poderá ter mais de seis vagas e, em caso de título de algum time já qualificado, a vaga fica na competição, ou seja: o vice – ou melhor colocado sem vaga – fica com o prêmio.

Coxa no Pinheirão I

Esquentou a negociação para a compra do Pinheirão por parte da OAS, construtora baiana que já havia tentado participar da obra na Arena. O leilão do estádio, marcado para essa quinta-feira (6) pode nem sair: para executar o direito de compra antecipada, modalidade comum em leilões, a OAS deve antecipar cerca de R$ 65 milhões para quitação de débitos judiciais principalmente com o governo. Caso isso não ocorra, o estádio vai a leilão público com preço inicial de R$ 66 milhões. Durante toda a terça e também na quarta, o presidente da FPF, Hélio Cury, esteve em reuniões.

Depois de Atlético e Paraná, Pinheirão pode ser lar do Coritiba

Coxa no Pinheirão II

Se arrematar o imóvel, a OAS deve anunciar uma parceria com o Coritiba, para que esse possa ser o principal beneficiário do futuro novo estádio, em um projeto que contemplaria não só a praça esportiva, mas também um centro comercial e uma área para eventos e espetáculos. Oficialmente, o Coxa nega que já tenha algum tipo de negociação, mas a coluna apurou que existem alguns entraves na conversa, como por exemplo a maneira com a qual o clube obteria renda, já que placas e espaços comerciais/publicitários, além da bilheteria, interessam a OAS. O modelo é parecido com o da Arena da Copa em Recife – que, em tese, ainda não tem nenhum clube como beneficiário, já que os três grandes de Pernambuco tem suas próprias casas. O Coxa também evita anunciar o destino do Couto Pereira, mas a intenção de Vilson Ribeiro de Andrade, vice-presidente do clube, é pô-lo abaixo e construir um centro comercial que dê renda ao Coritiba – manifestou-me essa intenção ainda em 2010, quando os primeiros rumores surgiram.

Bom para o Atlético

Credor de R$ 15 milhões junto a FPF, o Atlético é outro que sairá no lucro com a venda do Pinheirão, seja qual for o destino. O clube, que nesta mesma semana lançou a etapa final das obras na Arena, ganharia novo fôlego financeiro.

Quem fala o que quer…

Pegou mal com alguns jogadores do elenco do Paraná as declarações do zagueiro Cris após o empate com o Duque de Caxias, pior time da Série B do Brasileiro. De cabeça quente após o resultado que praticamente sepultou as chances de acesso do Tricolor e deixou a equipe a quatro pontos de distância do rebaixamento. Alguns jogadores reclamaram da postura do jogador, que acusou, sem citar nomes, colegas de estarem “fazendo corpo mole” e, por isso, o time caiu de rendimento. “Trairagem”, confidenciou-me um jogador que pediu para não falar no assunto abertamente. Ouça a entrevista, gentimente cedida pela Rádio Banda B:

sonora-cris

Miranda Strikes Back

Ainda Paraná: o ex-presidente José Carlos de Miranda articula uma chapa de oposição para concorrer às eleições do clube, que ocorrem na segunda semana de novembro. Miranda dirigiu o clube entre 2004 e 2007, conquistando um Estadual e uma vaga à Copa Libertadores, mas deixou o comando sob denúncias de receber comissões em negociações de jogadores. Em 2009, cogitou lançar uma chapa, mas acabou apoiando a situação.

Invasão atleticana

O Atlético mobiliza a torcida para uma invasão à Florianópolis, para o confronto decisivo de domingo, 18h, contra o Avaí na Ressacada. Os sócios do clube participarão de uma promoção que dará 150 ingressos e direito de compra de mais um, a partir desta quinta (6); além disso, a carga total de 1.200 entradas foi comprada pelo Atlético e estará sendo vendida a R$ 20,00 na Arena a partir de sexta pela manhã. Com 27 pontos na 17a. posição, uma vitória sobre o Avaí em Florianópolis (19o., 22 pontos) e uma combinação de resultados podem tirar o Furacão da zona de rebaixamento. Ano passado, o Atlético venceu o adversário em Floripa: 1-0, gol de Maikon Leite:

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Mário Celso Petraglia no Entrevista Coletiva – parte II

Seguem abaixo os 4 blocos restantes do programa “Entrevista Coletiva” com Mário Celso Petraglia, exibido no domingo 18/09 na BandCuritiba, sobre diversos temas que interessam ao futebol do Paraná.

Assista e comente!




 

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2o. Turno do Brasileiro: em que acreditar – e por que

Por que e em que acreditar nesse segundo turno do Brasileirão?

Vai começar o segundo turno do Brasileirão. É apenas simbólico. Na verdade, tudo continua como antes, apenas com a tabela com menos jogos pela frente. Mas o que é a vida senão uma sequência de interpretações simbólicas, como quando pulamos sete ondas e vestimos branco no ano novo? Poderia ser apenas mais um ciclo de 24h, mas não é. E se for para usar como impulso, porque não?

Sendo assim, farei uma análise técnica, apesar do momento ser puramente sentimental, do que esperar das equipes no segundo turno no Brasileirão 2011. A começar pela dupla da terrinha na Série A:

Atlético

1o. Turno: 17º lugar, 18 pts, 31.6%

Resumo: Viveu o pior início de Brasileiro de todos os tempos, conseguindo a primeira vitória somente na 11ª rodada, ao superar o Botafogo em casa (2-1). Foi o terceiro jogo de Renato Gaúcho no comando do Furacão; com ele, em 30 pontos, a equipe fez 17 – 56,6% de aproveitamento, o mesmo do Palmeiras, sexto colocado, o que fez o time se agarrar na esperança de repetir o feito do Grêmio/10 do mesmo Renato: da ZR para a Libertadores.

Renato: com ele, o Atlético mudou (foto: Joka Madruga)

Pior momento: A derrota para o Fluminense (1-3), na 7ª rodada, com erros do então goleiro Márcio e do zagueiro Rafael Santos. A equipe completava a sexta derrota em sete jogos e o único ponto fora conseguido em casa, no empate com o Flamengo (1-1).

Melhor momento: A vitória sobre o Santos (3-2), em confronto então direto, já que o Peixe de Neymar amargava a ZR. Era o início da reação que chegou a tirar o Furacão da ZR por uma rodada – o que pode voltar a acontecer se vencer o xará mineiro nesta quarta.

No que acreditar: Nas mudanças que já aconteceram e nas que podem vir, como a chegada de algum centroavante (pedido insistente do técnico) ou o retorno e decolagem dos gringos Morro Garcia, Nieto e/ou Guerrón. Para entender o que já mudou, vamos ver as diferenças entre o time da estréia e o provável time do início do 2º turno:

1ª rodada: Atlético-MG 3-0 Atlético

Renan Rocha; Rômulo (Wendel), Manoel, Rafael Santos e Paulinho; Deivid, Cléber Santana (Adaílton), Paulo Roberto e Marcelo Oliveira; Paulo Baier (Madson) e Guerrón.
Técnico: Adilson Batista

Em negrito estão os jogadores que deixaram o time titular do Atlético de lá para cá; alguns sequer são opções do novo treinador, Renato Gaúcho. Do banco ao ponta, nada menos que seis mudanças em relação ao provável time:

20ª rodada: Atlético x Atlético-MG

Renan Rocha; Wagner Diniz, Gustavo, Fabrício e Paulinho; Deivid, Kleberson, Cléber Santana, Marcinho e Madson; Edigar Junio.
Técnico: Renato Gaúcho

Do time acima, além da recuperação do futebol de Cléber Santana e da entrada de Fabrício, destaca-se o crescimento de Deivid e a chegada de Marcinho, ao lado de Renato, símbolo da recuperação atleticana.Vale dizer que a escalação acima está sem dois titulares: o zagueiro Manoel e o lateral-direito Edilson. Aposta ainda nas recuperações físicas de Paulo Baier e Paulo Roberto e nas recuperações técnicas de Madson e do trio de ataque internacional.

Com o que se preocupar: Não tem atacantes. Como futebol tem por base o número de gols marcados, é alerta vermelho nesse item. Também depende da estabilidade emocional do técnico Renato Gaúcho e da permanência do mesmo até o final do ano, já que o “projeto” passa totalmente por ele. Se acontecer o mesmo que em 2010, quando Carpegiani trocou o clube pelo São Paulo FC, pode dar problema.

Projeção: Escapa do rebaixamento, mas não aspira nada mais que a Copa Sul-Americana. Para tanto, precisa de cerca de 26 pontos em 57, 45,6% – menos que o índice atual de Renato.

Coritiba

1o. Turno: 9º lugar, 26 pts, 45.6%

Resumo: Começou o campeonato dividindo atenções com a Copa do Brasil, da qual foi finalista. Com o passar dos jogos, deu a impressão de ter sentido a perda do título da copa e de não estar 100% no Brasileiro. Faz uma campanha regular – ótima para um clube que esteve à beira da falência em 2009-10 – mas aquém do que a equipe demonstrou ter poder para fazer e abaixo da exigência da torcida, que ficou com um gosto de “quero mais” ainda em 2011.

Pior momento: Pode ser considerado o jogo contra o São Paulo FC em casa (3-4), quando chegou a estar perdendo por 0-4 e atuando com um homem a menos. Ainda assim, o Coxa não teve um momento ruim: acabou diminuindo suas pretensões em pequenos tropeços, como na estréia com o Atlético-GO (0-1) ou empates em casa com Inter (1-1) e Palmeiras (1-1).

Melhor momento: A vitória sobre o Santos (3-2) na Vila Belmiro, épica. Virou uma partida contra um adversário em recuperação, com Neymar e Borges no ataque, superando uma arbitragem confusa, que errou em demasia, em especial em um lance claro de pênalti em Leonardo. Ali, provou que as cobranças da torcida por melhores resultados tem fundamento.

No que acreditar: Na qualidade do elenco, que em 2011 já demonstrou que pode mais do que vem fazendo, em jogos como o 6-0 no Palmeiras pela Copa do Brasil e nas goleadas nos Atletibas, 4-2 e 3-0. A perda preciosa de pontos contra adversários diretos em casa e resultados ruins contra times em situação inferior na tabela desanimaram, mas sabe-se que o time tem potencial. Em relação a estréia no campeonato, pouco mudou, o que fortalece o conjunto:

1ª rodada: Coritiba 0-1 Atlético-GO

Edson Bastos; Jonas (Willian), Cleiton, Emerson e Lucas Mendes (Geraldo); Leandro Donizete, Léo Gago, Rafinha e Davi; Anderson Aquino (Éverton Costa) e Bill.
Técnico: Marcelo Oliveira.

Em negrito, os jogadores que não vêm sendo muito utilizados – Cleiton, por exemplo, foi emprestado e se machucou. Levando-se em conta os desfalques de Tcheco e Jéci por suspensão, o Coxa estréia no returno assim:

20ª rodada: Atlético-GO x Coritiba

Edson Bastos; Jonas, Pereira, Emerson e Lucas Mendes; Leandro Donizete, Léo Gago, Willian e Rafinha; Marcos Aurélio e Bill.
Técnico: Marcelo Oliveira.

Na rápida comparação, o time é praticamente o mesmo da estréia e quem não estava, pode ser considerado reforço. Pereira é segurança na zaga, apesar de ter dificuldade em jogadas mano a mano; Willian ganhou o respeito da torcida e o titular, Tcheco, dá ritmo a meia-cancha mais do que Davi fez enquanto teve chances; e Marcos Aurélio é mais atacante que Anderson Aquino.

O otimismo com o Coritiba é justificável se os próprios jogadores reencontrarem o nível de atuações que vinham tendo no Estadual, na Copa do Brasil e em algumas rodadas do Brasileiro.

Coxa comemora: segredo está no elenco

 

Com o que se preocupar: Com a fase de Edson Bastos. A muralha alviverde vive período conturbado, cobrada pela torcida. Pode sentir e goleiro, como diz a música, não pode falhar. Também tem carências no ataque, ressentindo-se de um matador; Bill oscila bons e maus jogos, o que explica também a oscilação do time.

Projeção: Classifica-se ao torneio consolação, a Copa Sul-Americana. Para fazer mais, precisará somar 33 a 34 pontos em 57, 59,6% de aproveitamento – é o índice que tem hoje o Botafogo, detentor da vaga que o Coxa aspira.

E os demais?

América-MG (20º/13pts): Dificilmente escapa do rebaixamento. Será decisivo em jogos contra rebaixáveis e aspirantes ao título: quem perder pontos para o Coelho, estará em maus lençóis.

Atlético-GO (12º/25pts): Brigará para não cair no final do campeonato, mas é um dos que menos corre riscos. Ficará com vaga na Sulamericana.

Atlético-MG (19º/15pts): Vive situação dramática, mas tem elenco, torcida e camisa. Vai até o fim brigando para não cair. A sequência de derrotas com Cuca (o coxa-branca sabe) pode ser fatal.

Avaí (18º/17pts): Já demonstrou que não vai se entregar com facilidade, em jogos contra Figueirense e São Paulo. Mas é outro que briga para não cair com dificuldades.

Bahia (16º/20pts): Não está fácil ser um dos primeiros do alfabeto: também brigará para não cair. Está em decadência e perdeu Jobson por problemas extracampo. Amargou anos nas divisões inferiores e, apesar da gigantesca e apaixonada torcida, terá dificuldades quando precisar de fôlego.

Bahia: só com muita fé do povão

 

Botafogo (5º/34pts): Vai chegar a Libertadores. Tem elenco e um bom técnico, Caio Júnior. Desta vez a frase “tem coisas que só acontecem com o Botafogo” não irá emplacar.

Ceará (13º/25pts): Enganou bem, mas vai acabar brigando para não cair. Tem um time envelhecido e instável.

Corinthians (1º/37pts): É líder e vai até o final brigando pelo título com Flamengo e São Paulo. E se acostume, porque com os novos valores das cotas de TV, será assim até o fim. Meu palpite? Não fica com a taça.

Cruzeiro (7º/ 27pts): Está abaixo do que pode render. Depende demais de Montillo em dias inspirados. Mas pode engrenar e ser o principal adversário do Botafogo na briga pela Libertadores.

Cruzeiro e a Montillodependência

 

Figueirense (10º/26pts): Sabe aquela equipe que fica o campeonato inteiro no meio da tabela e quando menos percebe, está ameaçada de rebaixamento? Então, é o Figueira.

Flamengo (2º/36pts): Está em segundo, mas pela campanha no ano, o técnico que tem (Luxemburgo) e os craques Thiago Neves, Ronaldinho, mesmo dependendo de Deivid ou Jael, é o favorito para o título. Poderá ser Hexa em 2011.

Ronaldinho tem feito a diferença no Fla

 

Fluminense (11º/25pts): O atual campeão brasileiro não cai, não vai disputar título, não vai para a Libertadores… 2012 tá aí.

Grêmio (15º/21pts): Viverá um final de ano dramático. Vai até o fim brigando para não cair. Ao lado de Atlético e Atlético-MG, é daqueles que tem de onde tirar recursos quando o cinto apertar de vez.

Internacional (8º/27pts): Sonha com a Libertadores e tem elenco e estrutura para tanto. Terá que correr para pegar Cruzeiro e/ou Botafogo. É o que menos tem chances dos três.

Palmeiras (6º/32pts): Só Felipão salva. Assistir o Palmeiras jogar é um desafio a compreensão do porquê o Alviverde paulista está entre os postulantes à Libertadores. Construindo estádio, não terá fôlego para a briga. Sulamericana à vista.

Santos (14º/22pts): Fará uma campanha de recuperação no 2º turno e chegará entre 12º e 8º lugar antes de ir medir forças com o Barcelona e outros menos famosos no Mundial de Clubes.

São Paulo (3º/35pts): Acabará sendo o principal obstáculo do Flamengo ao Hexa. E pode ser Hepta, coroando de vez a era Rogério Ceni. Tem força, elenco e vai brigar até o fim.

Vasco (4º/35pts): Com a missão do ano cumprida, já achava difícil que o Vasco tivesse pernas para ir até o fim sonhando com a dupla coroa nacional; sem Ricardo Gomes, vai depender muito de como a equipe e a diretoria reagirão ao que acontecer com o treinador.

Concorda? Discorda? Opine abaixo!

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Nike perto de fechar acordo com o Coritiba para 2012

Nike fez proposta e compete com Penalty e Lotto pelo Coritiba (imagem meramente ilustrativa)

O assunto é tratado com sigilo absoluto no Coritiba, mas a multinacional de equipamentos esportivos Nike está muito próxima de fechar contrato para fornecer material esportivo para o Alviverde.

O contrato atual do Coxa com a Lotto vence em dezembro e o clube já recebeu uma proposta da Nike para trocar de fornecedora. O valor seria de US$ 1 milhão e mais 26 mil peças a disposição do clube. Os números são cotados acima do que o Coxa recebe hoje da Lotto – estes, não divulgados. O valor agrada a diretoria, que pleiteia ainda outros acordos junto a marca.

A Penalty também está interessada em fornecer material esportivo ao Coritiba mas, pelo que apurei, é a possibilidade mais remota. Já a Lotto, atual fornecedora, quer permanecer e para tanto terá que investir pesado. A Fillon, que detém a marca Lotto no Brasil, já trabalhou com a Diadora no Coritiba e pode até mudar para Kappa em 2012 – se cobrir a proposta da Nike.

Oficialmente, o Coxa nega a possibilidade. As negociações vão até o final de Outubro e só então o clube deve anunciar a nova parceria.

P.S.: A imagem acima é meramente ilustrativa, sem nenhuma relação oficial. É uma criação do blog Camiseta dos Sonhos. Vale a conferida!

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Marcos Malucelli exclusivo: “Falei com o Coritiba: eles colocaram o estádio a disposição” (parte III)

A série de entrevistas com o presidente do Atlético, Marcos Malucelli, chega a 3a parte –  provavelmente a mais polêmica – falando de Copa do Mundo, Couto Pereira e Mário Celso Petráglia.

No bate-papo realizado nessa semana na Arena da Baixada, Malucelli não se furtou de nenhum assunto, desde o futebol do clube (na parte I) até as cotas de TV do C13 (parte II). E também não teve papas na lingua ao falar do desafeto e da possível ida do Atlético para o Couto Pereira.

“O Vilson [Ribeiro de Andrade, vice-presidente do Coritiba] me disse que se nos acertarmos, eles nos cedem o campo sem qualquer obrigatoriedade”, afirmou, sobre o uso do artigo 7 do Regulamento Geral de Competições; “É uma promessa do idealizador desse projeto que fique pronto, acho que ele vai cumprir”, desafiou citando indiretamente Petráglia, ao falar do término da Arena para a Copa das Confederações.

Malucelli foi fundo nos temas, detalhando também as opções que o Atlético tinha que escolher entre as propostas para conclusão da Arena. Assista e comente:

O Jogo Aberto Paraná é exibido de segunda a sexta, 12h30, na BandCuritiba. Assista!

Marcos Malucelli: “O Clube dos 13 perdeu a chance de ganhar dinheiro” – Exclusivo, parte II

Prosseguindo a série de entrevistas com o presidente do Atlético, Marcos Malucelli, chegamos a parte II, na qual o dirigente rubro-negro conta detalhes do racha do Clube dos 13. Também fala da relação com o São Paulo FC e da venda de Rhodolfo, motivo de críticas do hoje opositor Mário Celso Petráglia.

E cobrou a emissora dona dos direitos de transmissão, ao falar sobre o marketing do clube: “Espero que cumpram a promessa de transmitir mais jogos”, disparou.

Malucelli também falou do plano de sócios do Atlético. Confira no vídeo abaixo:

Para conferir a primeira parte da entrevista, clique aqui.

Amanhã, a parte III da entrevista, na qual Marcos Malucelli garante: “Já falei com o Vilson [Ribeiro de Andrade, vice-presidente do Coritiba] e não haverá problemas”, sobre o uso do Couto Pereira pelo Atlético durante as obras para a Copa 2014. Fique ligado!

Mais Atlético

Ainda ontem, o ex-presidente do Atlético, Mário Celso Petráglia, concedeu entrevista a Rádio 91Rock FM. A assessoria do empresário e candidato confirmado a presidência do clube em dezembro disponibilizou o áudio nesse link.

O Jogo Aberto Paraná é exibido de segunda a sexta, 12h30, na BandCuritiba. Assista!

Momento ideal

O Paraná recebe a Ponte Preta amanhã na Vila Capanema. Confesso que não me lembro a última vez que o Tricolor esteve tão mobilizado para uma partida quanto essa.

O jogo valerá a consolidação no G4 da Série B. A vitória é essencial, o empate é administrável (alguém aí lembra-se quando valorizei aquele empate em casa com a Portuguesa? Olhe agora classificação e rodadas recentes) e a derrota não é um desastre mas não pode vir nesse momento. Seria a quebra de um ciclo positivo.

Esqueçam o Paraná do Estadual. Esqueçam modelos administrativos e financeiros. Ou debates políticos. O Paraná de hoje tem ido na boa vontade e dedicação dos jogadores e técnico. Tem gente tentando ajeitar a casa, como você mesmo já leu aqui no blog, mas isso pouco importa. Para fechar o ciclo, o torcedor tem que ir e apoiar.

Se for por falta de confiança, dê uma olhadinha no vídeo abaixo, com os gols da vitória sobre o Criciúma, e quem sabe você se motiva:

O vídeo acima foi exibido no Jogo Aberto Paraná desta segunda, na Band Curitiba. O programa vai ao ar de segunda a sexta, 12h30, para Curitiba, RMC, Ponta Grossa e Campos Gerais e Paranaguá e litoral.

A retomada do vôo* – Exclusivo com Wladmir Carvalho, MKT do Paraná

O Paraná Clube passou da água para o… suco, vai lá, em três meses. De um time rebaixado no Estadual, o Tricolor aumentou seu quadro de sócios para 6,5 mil e conseguiu um sucesso absoluto de vendas nas novas camisas – que depois de muito tempo, agradaram geral.

Falta muito ainda para que seja da água para o vinho. Mas de um cenário catastrófico (e ainda não 100% resolvido) para o G4 da Série B, com o resgate de parte do orgulho paranista, algo a mais aconteceu.

O vice-presidente de marketing do Paraná, Wladmir Carvalho, me recebeu na Sala da Memória, museu paranista. Entre taças e lembranças, me falou sobre o grupo gestor voluntário que toca o marketing do clube, o advento das novas camisas, desde a primeira idéia, a retomada do plano de sócios – e planos futuros – e o novo posicionamento do Paraná no mercado do futebol: “Queremos voltar aos dias de glória.”

No vídeo abaixo, apresentado apenas em partes no Jogo Aberto Paraná, você saberá mais das idéias para um novo vôo da Gralha. Confira:

O que você achou? Comente abaixo e interaja no twitter!

*O título é uma referência ao livro “Vôo certo – a história do Paraná Clube” (Neto, Carneiro – 1996).