Emerson: jogada aérea, com gramado encharcado, seria mortal. E foi. (foto: AI)
Aguerrido, pragmático, preciso. Seja qual o adjetivo escolhido para qualificar o Coritiba que eliminou o São Paulo e está pela segunda vez seguida na decisão da Copa do Brasil. O Coxa foi melhor que o São Paulo nos dois jogos e, convenhamos, nem passou tanto sufoco assim, muito embora Vanderlei tenha feito duas boas defesas. Não houve um único destaque: todos em campo jogaram demais. Até mesmo o criticado Roberto. Se há algum mérito individual – nenhum que se sobresaia ao coletivo – é para o técnico Marcelo Oliveira, que foi ousado na escalação e não arredou pé durante os 90′.
Agora, a decisão. Seja contra Palmeiras ou Grêmio – dois papões da Copa do Brasil – o Coritiba chega em pé de igualdade. Deve pegar o Verdão paulista (a se confirmar hoje) o que pode ser melhor por um fato significativo: o Palmeiras não tem casa. Enquanto o Couto Pereira tem a impressionante marca de 11 vitórias seguidas (incluindo 2011) pela Copa do Brasil a favor do dono da casa.
O Coritiba se junta à Grêmio, Corinthians (este, por duas vezes) e Flamengo como únicas equipes a chegar a duas finais de Copa do Brasil consecutivas. E a história aponta que o torcedor coxa-branca pode sonhar como nunca antes com o título.
Os times que conquistaram esse feito antes levantaram o caneco na segunda decisão – exceção ao Flamengo, que perdeu as duas.
Em 1993, o Grêmio perdeu a taça para o Cruzeiro; em 94, papou o Ceará. Os gaúchos ainda conseguiram a proeza de chegar novamente em 95, mas perderam para o Corinthians.
Em 2001, o Corinthians levou o troco na final, perdendo para o Grêmio. Mas voltou no ano seguinte e foi campeão, sobre o Brasiliense. Nova dobradinha corintiana em 2008/09: derrota para o Sport, vitória sobre o Internacional.
Só o Flamengo, vice do Cruzeiro em 2003 e do Santo André em 2004, não aprendeu a lição de um ano para outro.
Restará ao Coritiba mostrar, à Palmeiras ou Grêmio, que também tirou lições de 2011. E levantar mais um título nacional, o primeiro da Copa do Brasil para o Paraná, o primeiro de grande importância desde 1985.
Prorrogação
Tcheco não parou nesta quarta. Bem conversado, vai até dezembro – ou a Libertadores, porque não?
Por corporativismo barato e em desrespeito à constituição brasileira, fui impelido (com “l” mesmo) de trabalhar na partida entre Coritiba x São Paulo por uma associação de classe que se pretende reguladora de profissão. O tempo e a justiça mostrarão a verdade. Em tese, o torcedor não tem nada com isso. Mas paga por encontrar um mercado viciado – e reclama, muitas vezes generalizando os profissionais de imprensa. Há males que vem para bem e tomara que seja o caso, o início de uma nova mentalidade na imprensa.
Em tempo: agradecimento à vários colegas e ao Coritiba Foot Ball Club pelo suporte no caso.
Pelo segundo ano consecutivo, pela quinta vez na história, o Coritiba é semifinalista da Copa do Brasil. Operário, Paraná e Atlético ficaram pelo caminho e cabe ao Coxa a honra de representar não só a si, mas também ao Paraná em uma série semifinal que ainda tem um gaúcho e dois paulistas.
Finalista em 2011 (perdeu o título nos critérios para o Vasco) o Coritiba enfrenta o São Paulo, clube mais poderoso do País, mas que está desacostumado com a Copa do Brasil. Nos últimos 10 anos, o São Paulo disputou a competição nacional apenas três vezes (estava na Libertadores nas demais). Ao Coxa, cabe o rótulo de azarão: entre os quatro, é o de menor investimento; no entanto, tem se acostumado com o formato da competição.
Coritiba x São Paulo
Ida: 14/06 – 21h – Morumbi, São Paulo
Volta: 20/06 – 21h50 – Couto Pereira, Curitiba
A exemplo do Coritiba, a melhor campanha do Tricolor Paulista na Copa do Brasil é um vice-campeonato. Em 2000 perdeu para o Cruzeiro na decisão. O São Paulo leva ligeiro favoritismo na série, mas não é um supertime; conta com dois jogadores de qualidade acima da média, como os atacantes Lucas e Luís Fabiano. Ainda tem bons valores, casos do lateral-esquerdo Cortês, do meia Casemiro e dos ex-atleticanos Rhodolfo (zagueiro) e Jadson (meia). No banco, o experiente técnico Emerson Leão. Mas na temporada, altos e baixos. No Paulistão, o time parou nas semifinais. No Brasileiro, é 8 ou 80: duas vitórias em casa, duas derrotas fora.
Em casa, o SPFC está 100% na Copa do Brasil. Superou Independente-PA (4-0), Ponte Preta (3-1) e Goiás (2-0) – eliminou ainda o Bahia de Feira sem precisar jogar no Morumbi. Tem jogado no 4-4-2, com as principais jogadas saindo pelo lado esquerdo com Cortês ou em tabelas rápidas pelo meio, com o trio Casemiro-Jadson-Lucas.
Contra a Ponte Preta, o SPFC encontrou muitas dificuldades. Depois de perder o jogo em Campinas (0-1) saiu atrás no Morumbi e não conseguia furar a boa marcação da Ponte. Mas empatou em uma jogada de bola parada e contou com uma falha bisonha da defesa adversária. A partir dali, virou dono do jogo. Veja os lances:
Na história será o primeiro confronto pela Copa do Brasil. No geral, vantagem sampaulina: 11 vitórias do Coritiba contra 17 paulistas, e 10 empates. A maior goleada do confronto pertence ao Coxa: 4-0 no Brasileiro de 1972. No último jogo no Morumbi, 0-0; no último no Couto Pereira, 3-4 para os paulistas.
Se passar pelo São Paulo, o Coxa decide o título contra Grêmio ou Palmeiras.
Muita tradição e rivalidade em campo. Duelo Luxemburgo x Felipão, 18 anos depois, com papéis invertidos. Leve favoritismo do Grêmio. Abaixo, dois grandes jogos entre os times, que entraram para a história, nas quartas-de-final da Copa Libertadores. Na ida, 5-0 Grêmio e vaga 100% garantida. Ou quase: o Palmeiras ficou perto de devolver o placar:
O estádio, parte 178
A CBF indicou a Vila Capanema para três jogos do Atlético na Série B. Acertou no atacado, errou no varejo. Não há solução fácil para a questão, pendente – acredite! – desde 2007, quando a Arena confirmou-se sede da Copa-14. O acerto da CBF: o Atlético é parceiro da entidade, da Fifa e do Estado na realização do evento. Sim, se propôs a isso e terá benesses inegáveis. Tem ainda ônus que tem pago sozinho, como se fosse dono do evento (não é, embora a classe política omissa faça questão de referendar isso). O Atlético precisa jogar em algum estádio e em Curitiba. A política é o que pega.
No varejo…
O erro é a escolha do local. A Vila está com o gramado ruim e abrigará 10 jogos em 25 dias, incluindo uma data conflitante em dois jogos do Paraná, em 09/06: encontros com o Guaratinguetá e o Grêmio Metropolitano – palmas à FPF, que não antecipou a B local. Com as chuvas na cidade não haverá gramado que resista. A obrigatoriedade, movida pela falta de diálogo, também é motivo de revolta. Com base entre outras coisas no gramado, o Coritiba ganhou ação no TJD-PR para não alugar compulsoriamente o Couto Pereira que, de fato, era o melhor local para abrigar o Atlético.
Desejo, necessidade, vontade
O Paraná promete ir à justiça para valer sua visão. O Atlético é concorrente direto na Série B e lhe dar abrigo é lhe dar força. No Estadual, o Coxa fez isso. A intenção da CBF ao escolher a Vila, induzida pela FPF, foi clara: preferiu rusga com o Tricolor que com o Coxa. E irá sempre proteger seu parceiro na Copa, não tenha dúvidas. Talvez o Paraná não tenha a mesma força política do Alviverde, mas a novela está longe de acabar. Em um mundo ideal, Coxa e Atlético se acertariam, fariam promoções nos planos de sócios; o Coritiba ganharia valorização nos espaços publicitários do Couto, movimentando a praça mais que apenas uma vez por semana. Bom para os donos de lanchonetes do estádio. Rivais em campo, parceiros fora dele, com inteligência. Certo?
Manual prático de política
Errado. A falta de diálogo é o principal problema. Até essa semana, o público só soube uma versão da história. Mário Petraglia, presidente do Atlético, só se manifestou recentemente, em carta – sem contestações. Há quem assuma como verdade absoluta. Há muita verdade, mas, sem troca de idéias, é mono. Atitudes truculentas e impositivas distanciaram qualquer acordo. A rivalidade besta também: o Atlético jogou N vezes inteira no Couto; o São Paulo FC é tricampeão do Mundo alugando o Morumbi aos rivais. Mas se Petraglia, com seu estilo, não consegue nem agregar sua própria gente, iria conseguir fazê-lo com coxas e paranistas?
Em campo
Copa do Brasil: Coxa passa pelo Vitória, mas 0-0 fora não é tão bom como se supõe. Não pode tomar gols hoje. Precisa jogar mais que em Porto Alegre. Atlético em São Paulo é zebra, só vitória ou empate com mais de três gols. Zebras acontecem, mas eu não apostaria, embora será ótimo ver ambos nas semifinais.
Ainda o estádio
“O Atlético transferiu pra CBF a responsabilidade. A Copa do Mundo é da CBF, nossas obras são para a Copa, ela que indique o estádio. Jogaremos onde a CBF indicar, até na China.” Esse é Mário Celso Petraglia, presidente do Atlético, em entrevista ao jornalista Oswaldo Eustáquio, da TVCI canal 14, sobre o local onde o Atlético deve mandar os jogos na Série B do Brasileiro. O prazo para indicação do local ao menos do primeiro jogo, dia 5 de junho, acaba hoje. Couto Pereira, Vila Capanema e até o Caranguejão, em Paranaguá, estão na lista. O presidente do Coritiba, Vilson Ribeiro de Andrade, esteve na CBF ontem, depois de dar novas entrevistas negando a intenção de alugar o estádio. A diretoria do Paraná, por sua vez, também já afirmou que não quer alugar mais a Vila Capanema. Todos têm sua dose de razão e pecou-se pela falta de diálogo. Seja qual for a decisão da CBF, alguém sairá desagradado.
Copa do Brasil
Em campo, por ora ainda na Vila Capanema, o Atlético recebe o Palmeiras. Jogo bom para esquecer o fracasso no Estadual e tentar chegar pela primeira vez às semifinais da Copa do Brasil. Confronto muito igual. Palmeiras conta com Marcos Assunção, Valdívia e o recém-chegado Mazinho como armas; já o herói-que-virou-vilão Guerrón é a grande arma atleticana. Na gangorra do futebol, jogo bom pra ele se recuperar. Em Salvador, tem Coritiba e Vitória. Com a moral do tri-estadual, Coxa pega o vice-baiano, que tem o artilheiro do Brasil, Neto Baiano, 31 gols. Trazer um empate com gols é de se comemorar. Confronto muito parelho também, com leve favoritismo coxa – mas que passa muito por bom resultado hoje.
E o Brasileiro?
Copa do Brasil hoje, Brasileirão Séries A e B já no final de semana. Tricampeão estadual, o Coritiba é o único paranaense na elite. Objetivamente, com os times que vieram até aqui, Coxa briga pelo G10. Está atrás de Santos, Corinthians, Fluminense, São Paulo, Vasco e Internacional. Se reforçar, pode sonhar com Libertadores. O resto dos times é igual ou pior. Na Série B, Atlético brigará pelo G4 com emoção com o elenco atual. Se reforçar, cumprirá a obrigação de subir. É o grande time da segundona 2012. Tem como adversários Guarani, Vitória, Goiás, Avaí, Ceará e Criciúma. O Paraná corre por fora. Tem potencial pra sonhar, mas tem as limitações de sempre, a começar pelo dinheiro. Outro problema do Tricolor é a maratona de jogos. Jogou segunda, joga hoje em Rolândia, sábado contra o Guarani, terça contra o Goiás. Sobra na B local, mas não terá moleza na nacional. E se não ganhar os dois turnos locais, compromete o calendário em mais dois jogos, se obrigando a jogar semifinal e final, mesmo se tiver melhor campanha. E não pode abrir espaço na B nacional, para não sofrer. Caiu no campo, mas a desorganização das tabelas e regulamentos é um crime contra o Paraná Clube.
Tínhamos quatro, agora seguem apenas dois paranaenses na Copa do Brasil. Mas, pensando bem, não é justo o uso da palavra “apenas” para medir o desempenho de Atlético e Coritiba na principal competição nacional do primeiro semestre. Melhor pensar que, dos oito clubes restantes, 25% são daqui. Outros 25% são da Bahia, 25% de São Paulo, 12,5% de Goiás e 12,5% do Rio Grande do Sul.
Agora não tem mais moleza (se é que algum dia teve) e dentro do que eu entendo ser possível, a dupla Atletiba está atingindo o limite previsto: aposto em ambos nas semifinais e, dali por diante, o que vier é lucro.
Para isso, ambos têm que vencer seus desafios. Vamos então à analise, por ordem cronológica:
O Palmeiras foi o algoz do Paraná Clube na fase anterior e voltará à Curitiba um pouco mais fortalecido do que quando pegou o Tricolor, ainda padecendo da eliminação no Paulistão 2012. Isso já ficou pra trás com as duas vitórias na fase anterior e com a chegada de um atacante que estreou na Vila Capenama: Mazinho.
Mazinho fez dois gols e participou de outro nos 4-0 sobre o Paraná. Contratado junto ao Oeste-SP, foi apelidado pela torcida palestrina como “Black Messi”. É rápido, habilidoso e bom de arremate. Os demais nomes perigosos do Palmeiras continuam sendo Marcos Assunção, Barcos e Valdívia. E Felipão no banco. Vale lembrar que o ex-coxa-branca Henrique, zagueiro, está fora do primeiro jogo, suspenso por expulsão.
Na história, vantagem alviverde: 17 vitórias contra 7 do Furacão – em 35 jogos desde 1968. O Atlético, que jamais passou para as semifinais, terá outro tabu: em dois confrontos pela Copa do Brasil contra o Palmeiras, foi eliminado nas duas vezes. Em 1992, duas derrotas: 0-1 e 1-3. Em 2010, uma derrota e um empate: 0-1 e 1-1 na Arena, com gol do atual coxa-branca Lincoln já no finzinho do jogo:
Mas a série ficou marcada mesmo pela briga entre o ex-atleticano Danilo e o zagueiro Manoel, ofendido pelo ex-companheiro, num episódio lamentável de racismo, lembrado nessa reportagem da TV Bandeirantes:
Se passar pelo Palmeiras, o Furacão pega o vencedor de Grêmio x Bahia nas semis.
Tricampeão paranaense, o Coxa mal teve tempo de comemorar e já atravessou o País para pegar um vice-campeão estadual: o Vitória. O time baiano perdeu o título em confronto com o maior rival, Bahia, após dois empates. É possível que ainda sinta o golpe, mas está longe de ser uma galinha morta. Na fase anterior, superou o Botafogo vencendo o jogo no Rio de Janeiro. E tem o artilheiro do Brasil na temporada: Neto Baiano, com 31 gols entre Baianão e Copa do Brasil.
O Vitória é comandado por um interino, Ricardo Silva, que substituiu Toninho Cerezo no comando em meio ao Baiano 2012. O zagueiro Rodrigo Silva (ex-Santos), o volante Robston (sim, aquele) e os meias Geovanni (ex-Barcelona), Tartá (ex-Atlético) e Lúcio Flávio (que começou no Paraná) são os rostos mais conhecidos do rubro-negro baiano, que ainda tem os ex-coxas-brancas Rodrigo Mancha e Pedro Ken, autor de um golaço contra o Botafogo na última fase:
O Atlético reencontra o Cruzeiro hoje, na Copa do Brasil, quase cinco meses depois de ser rebaixado na Série A do Brasileiro em disputa direta com os mineiros. Historicamente aliados – inclusive com torcidas organizadas amigas – os dois clubes vivem um momento conturbado na relação. O Furacão foi prejudicado por um erro de arbitragem no jogo entre as equipes em Minas (1-1) quando teve um gol anulado que poderia livrá-lo da queda. Após fracassar por conta própria e perder para o América-MG (que recebeu incentivo financeiro do Cruzeiro e da FMF para vencer por 2-1) ainda viu a vitória no Atletiba 348 (1-0) não adiantar nada, já que o Cruzeiro venceu o clássico mineiro por 6-1 sobre o Galo, até então a melhor defesa do 2º turno. O jogo criou uma aura suspeita, nunca apurada, de que houve manipulação de resultados. A começar pelo fato de os clubes terem o mesmo patrocinador, que detém o direito de mais de 13 jogadores de ambos os times. Na internet, a torcida atleticana lançou campanha pela “honra” do clube nessa eliminatória. O jogo promete.
O procurador
O site oficial do Atlético trouxe a informação de que o procurador do TJD-PR Glaucio Josafat Bordun, que denunciou cinco jogadores do clube por confusão no Atletiba 350, seria sócio do Coritiba, quase que atribuindo a denuncia a esse fato. Ora, caso típico de clubismo exacerbado, como se o restante dos membros do TJD não tivessem também seus clubes do coração. O advogado do Atlético no caso (que consta em súmula feita pelo árbitro Antônio Denival de Moraes), Domingos Moro, é conselheiro vitalício do Coritiba. E aí? A ação dele muda nesse caso? Não. Há que se confiar no caráter e na qualidade profissional das pessoas. O procurador está no papel ao denunciar os jogadores, o que nem de longe significa puni-los: isso caberá aos auditores. Que também têm seus times.
Reforços
Finalistas do Paranaense, Atlético e Coritiba começam a se mexer para as Séries A e B do Brasileiro. O Coxa já apresentou o volante Sérgio Manoel, ex-Mirassol-SP. Também deve trazer outros dois volantes: França, do Noroeste-SP e Chico, do Palmeiras, ex-Atlético. O elenco alviverde tem hoje nada menos que sete volantes; quem sai? Precisava de outros? Já o Atlético deve apresentar nessa semana o atacante Fernandão, ex-Palmeiras, 25 anos, típico jogador de área. E ainda pode trazer o zagueiro Diego Sacoman, que está na Ponte Preta, mas pertence ao Corinthians.
Maratona
A coluna foi finalizada antes da estréia do Paraná na Série Prata, ontem à tarde. O primeiro jogo dos três jogos até domingo. Haja fôlego!
Atletiba: arbitragem de fora praticamente descartada
As pretensões do Atlético em trazer árbitros de fora para os dois clássicos finais do Paranaense 2012 devem dar em nada. O Furacão terá que travar uma queda de braço com a FPF e o Coritiba, já publicamente contrários a posição rubro-negra. Além disso, informações de bastidores já dão conta de que Héber Roberto Lopes e Evandro Rogério Roman irão apitar, cada um, uma das partidas – muito embora isso tenha de ser definido por sorteio.
Foi o que cravou o ex-árbitro Valdir de Córdova Bicudo na sua coluna no site Paraná Online na última terça-feira: “Segundo fui informado, foram “preservados” do clássico Atletiba do último domingo, para serem utilizados nos dois jogos decisivos envolvendo, Coritiba x Atlético/PR.”
Conversei com Vilson Ribeiro de Andrade sobre o assunto. Ele foi taxativo: “Isso é uma besteira. O Coritiba é contra e não vai aceitar. É um desprestigio com o futebol paranaense. Algumas das reclamações podem ser verdadeiras, mas a maior parte é invenção dos atleticanos. E eu vejo campeonato Paulista, Carioca, e a arbitragem deles, é tudo meio igual aqui.” Vilson ainda me disse que o Coritiba vetará e brigará para que os árbitros locais estejam na decisão, caso o pedido atleticano seja levado adiante.
Mário Celso Petraglia não concedeu entrevista, mas conversei com um conselheiro do clube que ouviu de Petraglia que já ouve um pedido oficial por árbitros de fora e que o mandatário atleticano está revoltado com a qualidade do apito local. Petraglia teria até bradado para o conselho, em tom jocoso, que “se for para sermos roubados, que seja por um desconhecido.”
Já a FPF demonstrou que não tem a menor disposição em chamar árbitros de outras federações para a decisão estadual. Amilton Stival, vice-presidente, comentou o pedido do Atlético: “Eles tem o direito de solicitar. Atender é outra situação.” Para Stival, não há porque mudar na decisão. “Eu não concordo com isso. Se eles [árbitros] serviram pra apitar 22 rodadas, porque agora trocar? Nós vamos dar crédito pros nossos árbitros. Somos formadores e acreditamos neles.
Questionei Stival se ele concorda que houve muitos erros ao longo do campeonato e que a imagem dos juízes paranaenses estaria desgastada. A resposta: “Eu não posso dizer que dá pra brigar com a máquina chamada TV. A pessoa para o lance, dá slow motion, etc. O árbitro é um ser humano que tem que decidir na hora. As vezes os críticos vêem 10x pra opiniar e o arbitro decide em um segundo. Aí ficam, ‘tava com o biquinho da chuteira impedido!’ Isso não tem, as vezes é tão rápido e o olho humano não é máquina.”
Opinião
Particularmente, independente das posições dos clubes, entendo que seria uma boa ideia trazer árbitros de fora para apitar. É inegável que o campeonato teve muita polêmica no apito e que, cobrança feita não hoje ou apenas ontem, mas ao longo de todo o campeonato, a arbitragem local deve ser reciclada.
Mas mais do que isso, basta ver quais são os principais nomes. Heber Roberto Lopes entra pressionado pelo Atlético, com forte – e pública – rejeição da diretoria e torcida do clube; Evandro Rogério Roman tem se dedicado mais à Secretaria Estadual de Esportes e, no jogo mais importante que apitou, errou três vezes, duas contra o Tubarão e uma contra o Coxa em Coritiba 1-0 Londrina. Está visivelmente sem ritmo. Adriano Milczevicz tem rejeição da torcida alviverde, Antônio Denival de Moraes foi questionado quando apitou o último Atletiba e os demais são muito crus.
Um Paulo César de Oliveira resolveria a parada e deixaria os times prontos para falar só em futebol. Tira a pressão antes do jogo.
Chico coxa-branca?
A montagem acima pode acontecer em julho. Trabalhei em Paraná 1-2 Palmeiras pela Rádio Jovem Pan SP e, conversando com os colegas de lá, o Palmeiras dá como certa a vinda do volante, ex-Atlético, ao Coritiba. Conversei com Vilson Ribeiro de Andrade sobre a chegada do volante:
“O Chico termina contrato no final do ano [na verdade, Janeiro/2013] com o Palmeiras e vai ficar livre pra assinar pré-contrato. Me parece que o Palmeiras não o quer mais, mas entre o Coritiba e ele não há nada ainda”
– Mas não vai ser surpresa se ele chegar aqui em julho?
“Não.”
Pra bom entendedor…
Enfim, caso Chico assine com o Coritiba, entra pra história dos dois clubes como mais um “vira-casaca”. O último deu certo no Coxa: Marcos Aurélio.
Você, coxa-branca, vê a negociação com restrições por ser um ex-atleticano? Você, atleticano, sente-se como com a possível ida de Chico ao Coxa? Responda nos comentários. Eis Chico com a rubro-negra:
Paraná: novo esquema comercial
O Paraná Clube mudou a estratégia de marketing para explorar os espaços na Vila Capanema e na camisa tricolor. O clube montou três representações comerciais, no Rio, São Paulo e Brasília, para buscar patrocinadores. O patrocínio para dois jogos da papelaria Kalunga, estimado em cerca de R$ 80 mil, já veio desta forma, costurado pelo diretor geral da rede de rádios Transamérica, Guilherme Albuquerque, paranista e representante em SP.
Para o Atlético, Copa do Brasil só semana que vem, contra o Cruzeiro. Na hora certa, a coluna analisa. Hoje à noite, Paraná e Palmeiras abrem a série paranaense nas oitavas 2012. São três times do Estado entre os 16 melhores do País (fora os da Libertadores) no 1o semestre. Será a segunda vez na história. Na outra, em 1996, o Atlético caiu ante ao Grêmio e o Coritiba, ao Flamengo. Já o Tricolor foi o único que avançou, eliminando o Botafogo. Mas cairia na fase seguinte para esse mesmo Palmeiras, com duas derrotas: 0-2 e 1-3. O Palmeiras é favorito para o confronto, mas vem em baixa. A classificação não é impossível e passa muito pelo resultado de hoje: vencer e não tomar gol.
Vitrine
Sumido na temporada em virtude dos poucos jogos, o Paraná aproveitará a exibição de hoje à noite para faturar. O marketing do clube fechou um pacote de cota máster na camisa para os dois jogos contra o Palmeiras com a papelaria Kalunga. “Foi uma ótima oportunidade, vai ter transmissão em rede nacional. A gente ficou sem calendário cinco meses e isso significa um novo momento,” contou o diretor de marketing Vladimir Carvalho. Quatro canais transmitem o jogo para todo o Brasil: Band, Globo, ESPN e SporTV. O clube não revelou valores, mas estima-se que o pacote seja de R$ 80 mil.
Tabela Série Prata, parte III
Saiu ontem mais uma tabela da segunda divisão estadual – ou Série Prata. Outra versão que teve que ser adaptada após a classificação do Paraná na Copa do Brasil. A FPF já mudara em função da Série B e da própria Copa, antes que o Paraná avançasse. Amilton Stival, vice da FPF, em entrevista ao blog napoalmeida.com, desabafou: “Se avançar de novo, vamos ter que remanejar.” Acesse e leia a entrevista completa.
Bicho-papão e Pikachu
Calma criançada, não há motivo pra tanto susto. Com 89% de aproveitamento no Couto Pereira sob o comando de Marcelo Oliveira e em alta após o 4-2 no Atletiba, o Coxa recebe amanhã o Paysandu, o “Papão da Curuzu”. Time de tradição, mas que vem mal pelas tabelas, eliminado no Estadual e apenas na Série C, o Paysandu vem com a moral de eliminar o Sport Recife e tem como craque o meia Pikachu. Pouco para desbancar o Coxa – desde que se construa um bom resultado aqui. Na história, 14 jogos com sete vitórias coxas e duas do Papão – nenhuma em Curitiba.
Árbitros de fora nos Atletibas finais?
É assunto pra semana que vem, mas antecipo as posições: o Atlético quer, mas terá forte resistência. FPF e Coritiba já disseram ser contrários. Quem ganha a queda de braço?
E chegamos a fase 3 da Copa do Brasil com 75% dos times paranaenses no páreo. Pode comemorar: desde 1996 o Estado não vê os três principais times chegar às oitavas de final. E aquela ainda foi a única vez.
Então, se você vai ao estádio ainda hoje, esse é o lugar para saber o que o seu time vai enfrentar; se você vai ao estádio amanhã, aqui também tem tudo sobre o confronto do seu time; e se você só vai ao estádio semana que vem, fique sabendo já o que pode acontecer com o seu time. É o mini-guia da Copa do Brasil, parte III, torcendo muito para que tenhamos versões IV, V e VI. Quiça um feliz prólogo.
O Paraná passou pelo Ceará no sufoco, conseguindo um suado empate nos minutos finais no jogo da Vila Capanema e passando de fase pelos gols marcados fora de casa. Vai para o quinto jogo do ano e já contra um time de Série A, num ano em que 90% de seus adversários terão poder de fogo inferior ao desta fase.
Em compensação, o Palmeiras chega a Curitiba em crise. Eliminado no Paulista pelo Guarani, chegou a liderar o estadual vizinho mas despencou na classificação. O que poderia ser um quadro de franco favoritismo palmeirense se tornou ligeiramente equilibrado graças ao momento psicológico das equipes.
O primeiro jogo na Vila será decisivo para o Paraná abraçar de vez a condição de zebra. Não é impossível eliminar o Palmeiras – mas é melhor não criar muita expectativa em cima de um time jovem e recém-montado. O Tricolor é franco-atirador, a melhor posição nesse momento. Um resultado de vitória, especialmente sem levar gols, ou ainda um empate sem gols pode ser comemorado.
O Palmeiras tem como destaque a mesma base que despencou na reta final do Brasileirão 2011. Os homens mais perigosos são o atacante Barcos (fez 10 gols na temporada, mas vem mal desde a derrota para o Corinthians no Paulistão) e os meias Marcos Assunção e Valdívia – este, não vem sendo titular.
Barcos é o homem-gol do Palmeiras
Na história são 20 jogos, com cinco vitórias do Paraná e 13 do Palmeiras. Os times se enfrentaram nas quartas de final da Copa do Brasil 1996: Paraná 0-2 Palmeiras em SP e Paraná 1-3 Palmeiras em Curitiba.
Se passar pelo Palmeiras, o Tricolor pega o vencedor de Atlético x Cruzeiro.
É sem dúvida o confronto mais tranquilo dos paranaenses, mas a grande lição ao Coxa está justamente na fase anterior, quando o Paysandu surpreendeu o Sport Recife, colega alviverde na Série A, e venceu as duas partidas: 2-1 em Belém e 4-1 em Recife. Ainda assim, não há como negar: o Coritiba é favorito na série.
O Coxa vinha de atuações irregulares no ano, mas, justo antes de iniciar a reta final da Copa do Brasil, aplicou 4-2 no rival Atlético e deixou a torcida mais confiante. Não pelo placar, mas pelas mudanças que Marcelo Oliveira fez no time, especialmente a entrada de Éverton Ribeiro, dando velocidade ao meio campo. O que pode complicar o Coritiba na série é ter que fazer a viagem mais longa dos paranaenses: 3208 km. Mas vale lembrar que o Coxa já foi ao norte do país, pegar o Nacional em Manaus.
Ok, mas o Paysandu não tem nada a oferecer? Negativo. Em campo é 11 contra 11 e tal. Mas mais do que isso, a arma (já nem tão) secreta do Papão é essa:
Ops! Não, esse não é o Pikachu certo. Esse sim:
Yago Pikachu: não parece, mas é perigoso
O lateral-direito Yago Pikachu, 19 anos, vem fazendo grandes partidas, atuando na verdade mais como ponta do que como lateral (alô Lucas Mendes). É tratado como a nova jóia do futebol paraense, tendo começado a carreira sob a tutela de Capitão, o mesmo técnico que revelou Paulo Henrique Ganso, do Santos. Contra o Sport, o primeiro gol foi dele:
O elenco do Paysandu ainda tem como rostos conhecidos o volante Vânderson (aquele, ex-Atlético) e o atacante Adriano Magrão, campeão da Copa do Brasil 2007 pelo Fluminense. Foi eliminado nas semifinais do Paraense pelo Águia de Marabá e vai disputar a Série C nacional. À exemplo do Paraná Clube, busca retomar seu lugar ao sol no futebol brasileiro. Tem tradição e torcida. Para o Coritiba, o ideal é resolver a parada já no primeiro jogo e não se aventurar no Mangueirão.
Na história, vantagem coxa-branca com 7 vitórias e duas derrotas em 14 jogos.
Se passar pelos Paysandu, o Coritiba encara Botafogo-RJ ou Vitória na outra fase.
Atlético x Cruzeiro
Ida: 02/05 – 21h50 – Vila Capanema, Curitiba
Volta: 09/05 – 21h50 – Arena do Jacaré, Sete Lagoas-MG
Se o Paraná Clube é franco-atirador e o Coritiba é franco-favorito, francamente, entre Atlético e Cruzeiro, não há vantagem para nenhum dos lados. É um clássico do futebol brasileiro, já tendo sido decisão de título nacional (a Seletiva 99) e regional (Copa Sul-Minas 2002) com um triunfo pra cada lado. Atleticanos e cruzeirenses costumam ser amigos fora de campo (paradoxalmente, o rival do Cruzeiro, também Atlético – Mineiro – vê seus torcedores se aliarem com os rivais do Atlético, o Coritiba) mas a disputa na reta final do Brasileirão 11 para evitar a queda e as suspeitas das torcidas atleticanas de PR e MG sobre o resultado que livrou a Raposa da queda (6-1 no clássico mineiro) deram um tempero extra a esse confronto.
O Atlético é instável na temporada e vai à decisão do Estadual e desta vaga sem saber o que pode apresentar: se o time frágil que tropeçou no Roma-PR e levou 4 no Atletiba 350 ou a máquina de gols que enfiou 5 no Criciúma e joga ofensivamente contra qualquer rival.
Pois o Cruzeiro não é diferente. No Estadual, chegou em segundo lugar na fase de classificação, perdendo para o Guarani e empatando o clássico com o Atlético-MG. Isso o botou na rota do Derby Mineiro, com o América. E perdeu na ida, 2-3, resultado que ficou até bom, pois perdia por 0-3. Corre risco de ficar de fora da final mineira.
No entanto, tem um elenco forte, que mesmo sem decolar nas mãos do técnico Vagner Mancini, tem jogadores que podem desequilibrar: o bom goleiro Fábio, o zagueiro Alex Silva, os meias Roger e Montillo e os atacantes Wellington Paulista (ex-Paraná) e Wallyson (ex-Atlético). Quem também está pela Toca da Raposa é o lateral-esquerdo/volante Marcelo Oliveira, que defendeu o Furacão em 2011.
Montillo e Marcelo Oliveira, agora do mesmo lado
O exemplo para o Atlético superar o Cruzeiro está em seu próprio passado. Ao conquistar a Seletiva 99, fez 3-0 em Curitiba e jogou tranquilo em BH, perdendo por 1-2 e ficando com a taça; em 2002, fez o jogo de ida pela Sul-Minas em casa e perdeu, 1-2. Foi ao Mineirão e perdeu de novo, na despedida de Sorín, 0-1. Traduzindo: é fazer o resultado em casa e ir a Minas Gerais decidir a sorte.
Na história, 10 vitórias atleticanas e 13 cruzeirenses em 39 jogos. Os times já se enfrentaram duas vezes na Copa do Brasil. Em 1999, deu Atlético: 0-0 em Curitiba e 3-3 em BH; em 2000, revanche celeste: 2-1 em BH e 2-2 em Curitiba.
Se eliminar o Cruzeiro, o Atlético pega o vencedor de Paraná x Palmeiras.
Stival sobre a nova tabela, ainda à perigo: "É um risco"
A FPF teve que mexer pela terceira vez na tabela da Série Prata/2a divisão Estadual 2012, como antecipamos na tabela comentada, caso o Paraná eliminasse o Ceará pela Copa do Brasil – o que aconteceu.
A má notícia é que se o Paraná eliminar o Palmeiras e seguir na Copa do Brasil, a tabela terá que sofrer novas adaptações. A boa notícia é que… bem, não há uma boa notícia. Serão jogos em cima de jogos, como por exemplo os confrontos contra os Grêmios maringaenses (Maringá e Metropolitano) em 48h nos dias 12 e 14 de maio.
O Tricolor voltará a campo pela Série Prara em 16/05, mas se eliminar o Palmeiras, tem jogo nessa data pelas quartas da Copa do Brasil. Então, sem analisar novamente a possível (hoje única referência) sequência de jogos, sugiro que você visite o link com a tabela completa e se sinta um pouco na pela de Amilton Stival, vice-presidente da FPF, que quebrou a cuca para montá-la. E desabafou em entrevista por telefone:
Napoleão de Almeida: Foi difícil ter que mexer na tabela mais uma vez?
Amilton Stival: Nossa senhora! Quando você ver a tabela, vai ver o trabalho que deu. Jogos terça, quinta, sexta… fizemos o que deu.
NA – Teve que costurar com os times de novo?
AS – Se for costurar, não sai. Tivemos que fazer assim e usar a prerrogativa da Federação. Conseguimos fazer tudo dentro do prazo das horas [de intervalo necessárias entre um jogo e outro]… quer dizer, tem um pouco pra cima, tem um pouco pra baixo, nada muito a ferro e fogo senão não dava.
NA – Foi pensado no caso de o Paraná avançar mais uma fase na competição?
AS – Olha… eu tenho datas lá pra frente, se for o caso… cada vez que o Paraná passar, e é bom que ele passe, porque aumenta o ranking e dizer que a FPF torce contra é a maior besteira que alguém pode falar… bem, como o calendário da segunda divisão é de maio a agosto, a ultima rodada está planejada para 14/07. Ainda tem mais um mês, isso se o Paraná conquistar o título direto. Se não, se tiver semifinais, vamos ter que remanejar. É um risco.
NA – Sendo sincero: olhando todo esse rolo, se você pudesse voltar no tempo e antecipar a competição…
AS – Aí é o que você me perguntou sobre costurar com os outros clubes. Eu tinha a resposta dos clubes que eles não quiseram antecipar, bateram o pé, alguns deles pelo menos. E os que não quiseram não vão poder reclamar. Vai ter que pagar lá na frente mais salários, vai esticando o calendário. Às vezes, tem dirigente de clube que só vê o momento e acha que tá certo. Tem que olhar além da ponta do nariz.
NA – Mas a FPF não podia ter forçado mais pra antecipar?
AS – Nós agimos democraticamente. Não dá pra ser uma ditadura. Claro que se chega num extremo, a FPF tem o voto minerva. Como no arbitral, que uns queriam começar dia 01 de maio, outros dia 15 e eu decidi então por 1ro de maio. Mas antecipar não. Agora, que eu não tenho essa prerrogativa da decisão, eu tenho que agüentar.